O uso de vÃdeos e material multimÃdia é até comum para os padrões da internet hoje, mas ainda não é uma realidade nas instituições de ensino, por deficiências no acesso a internet dos alunos, e a falta de cultura dos professores no uso desse material para educação. Quando pensamos em Youtube, a primeira coisa que vêm a cabeça são aqueles vÃdeos engraçados, ou com aquele desastre legal, que você recebeu por e-mail de algum amigo. Esse é o cenário dos vÃdeos como material educacional, mas saiba que o uso de material audiovisual é sem sombra de dúvida, o futuro em termos de educação assÃncrona, principalmente em cursos que usam a internet como base de irradiação.
Um ótimo exemplo disso é o chamado m-learning ou móbile learning que ainda engatinha aqui no Brasil. É impressionante que na média, os alunos das instituições de ensino não têm computador, mas possuem celulares com funções multimÃdia capazes de reproduzir vÃdeos.
Por que motivo não usar vÃdeos então?
Como eu havia comentado, muito disso ainda e uma falta de cultura dos próprios professores em usar vÃdeos como material educacional em suas aulas. Mesmo assim, ainda existem outros desafios no uso de vÃdeos como material educacional.
Alguns professores de universidades e instituições de ensino americanas estão reportando que seus alunos, não assistem a seus vÃdeos, com a gravação de algumas palestras ou aulas na Ãntegra. Os alunos acabam tendo um comportamento comum aos telespectadores de TV, que é zapear por vários canais até encontrar um programa ou conteúdo que o interesse.
O artigo sobre essa experiência com os vÃdeos, pode ser consultado no Wired Campus.
Isso é muito interessante e serve como alerta aos designers instrucionais, para não usar vÃdeos como a base da tecnologia de um curso. Eu mesmo já passei por experiências semelhantes, como alunos de um curso que usava muito material em vÃdeo, sendo que várias das partes do vÃdeo já eram do meu conhecimento. O resultado disso foi que, durante boa parte do tempo fiquei pulando as partes já conhecidas do vÃdeo, para encontrar os conteúdos novos.
Se esse for um curso isolado, não será um problema tão grave assim, pois o aluno assume a responsabilidade. Mas, quando abordamos o ensino superior ou treinamentos corporativos a coisa fica mais séria. Na maioria das vezes o que vai acontecer é que as partes consideradas “chatas” ou monótonas pelos alunos são ignoradas e no perÃodo pré-avaliação, os mesmo vÃdeos devem ser consultados apenas nas partes que podem aparecer na prova.
A solução para isso não é simples, nas envolve o trabalho dos professores com os designers instrucionais, para fazer com que os vÃdeos sejam exibidos ao menos uma vez, sem os controles para avanças e retroceder. Ao menos assim, os alunos podem assistir aos vÃdeos na Ãntegra e eles podem controlar e escolher as partes para revisar.