Mais um guia sobre as lições do Moodle

Sempre que posso estou comentando sobre as lições do Moodle, pelo seu alto grau de complexidade na parte de planejamento e também no retorno educacional. O uso de questionários com questões de múltipla escolha pode ser uma saída fácil e rápida para a maioria dos projetos de curso, mas em algumas ocasiões é necessário fazer os alunos pensarem. Nessa hora é que os questionários podem ser de grande ajuda. A estrutura de uma lição é muito semelhante a de um fluxograma, em que os alunos podem realizar a atividade de maneira totalmente não linear, e as suas respostas podem condicionar ou atrapalhar o seu desempenho geral.

Por exemplo, podemos configurar três questões dentro de uma lição e para que o aluno passe da segunda para a terceira questão, o mesmo deve responder uma pergunta. Se a resposta for errada, o aluno pode ser direcionado para uma página avisando sobre o erro, ou até mesmo voltar para a primeira questão e ter que fazer tudo novamente.

Como é possível configurar esse tipo de recurso? Se você for usuário do Moodle, ou simplesmente tiver curiosidade em saber como é que esse tipo de atividade é configurada, o vídeo abaixo mostra uma lição sendo configurada. Apesar de estar em inglês, a narração é de fácil entendimento, principalmente se você já usou o Moodle alguma vez.

O processo é bem simples e começa com a configuração geral da lição que é composta basicamente por um conjunto de páginas. Depois que a lição está configurada, podemos começa a adicionar páginas no conjunto. Cada uma das páginas pode apresentar os mesmos itens de uma página web, como material oriundo de sites sociais como o Flickr e Youtube, sem mencionar o uso de apresentações em slides para apresentar conteúdo condensado em slides.

Cada uma das páginas apresenta uma opção para adicionar perguntas ao conteúdo, com várias opções de resposta. Para cada alternativa que o aluno tem de responder, o professor ou tutor pode adicionar um feedback personalizado e também direcionar a navegação para outras páginas.

Depois disso é só disponibilizar o recurso para seus alunos, sem esquecer de oferecer algum tipo de orientação para os mesmos sobre o funcionamento desse tipo de atividade. Se os alunos estiverem acostumados apenas com o uso de questionários, a estrutura de uma lição pode ser um pouco confusa para usuários sem o conhecimento no recurso.

Tarefas com envio de arquivos no Moodle para cursos a distância

O Moodle oferece algumas ferramentas e opções muito interessantes, para professores e instituições de ensino que pretendam usar a internet como apoio ao ensino. Uma dessas opções mais úteis depois dos questionários é a tarefa com envio de arquivo, em que o professor ou tutor pode elaborar uma pesquisa ou tarefa, resultando em um arquivo de texto, planilha ou apresentação. O sistema pode recolher o arquivo e organizar o material para o professor de maneira automática, com algumas vantagens como a possibilidade de adicionar comentários e prazos com data e horário para o envio do material. Na maioria dos casos, os professores recebem o material dos alunos por e-mail, o que pode gerar envios fora do prazo e uma certa confusão no professor.

Pois, as mensagens dos alunos se misturam com mensagens relacionadas com outros assuntos. Caso você não conheça esse tipo de tarefa no Moodle e gostaria de visualizar um pouco do seu funcionamento, encontrei três ótimos vídeos elaborados pela Universidade de Nova Jersey nos EUA, que ensina muito bem o funcionamento desse tipo de tarefa.

O primeiro vídeo mostra uma introdução breve às tarefas no Moodle, com as diferenças entre os tipos. Por exemplo, existem tarefas de envio de arquivo, texto online e outras.

No segundo vídeo, o pessoal da parte tecnologia voltada à educação, mostra o funcionamento do envio avançado de arquivos para essas tarefas. São explicadas as funções de cada um dos itens de configuração, assim como as limitações e restrições que podem ser impostas aos alunos.

O último vídeo é o mais interessante para tutores e professores envolvidos com cursos e iniciativas de EAD. Ele mostra como é possível organizar as notas atribuídas aos alunos, assim como o feedback em texto que pode ser associado a cada tarefa enviada. Por exemplo, os alunos podem enviar os arquivos para o Moodle, e o tutor vai atribuir uma nota ao trabalho ao mesmo tempo em que adiciona um breve comentário, justificando a avaliação e quem sabe até fazendo sugestões para melhorar o trabalho.

Esse tipo de recurso é fantástico para gerenciar projetos que envolvem muito tempo de desenvolvimento, pois o professor ou tutor pode atribuir notas aos arquivos e solicitar que os alunos refaçam uma parte específica do trabalho. Enquanto o prazo do material estiver vigente, os alunos podem enviar novos arquivos com atualizações nos seus projetos.

Novas ferramentas e opções para integrar o Moodle com o Second Life

O projeto Sloodle tem como objetivo integrar os ambientes do Moodle com o Second Life, para que educadores possam trabalhar em ambientes tão diferentes sem a perda dos registros dos alunos. Por exemplo, já imaginou como seria ótimo poder usar o Second Life como base para apresentar algum tipo de conteúdo em 3d e ter o registro, dentro do Moodle que o aluno efetivamente visitou aquele espaço no mundo do Second Life? Seria fantástico e um grande avanço na integração dos dois sistemas. O Sloodle ainda não é perfeito, mas a cada nova atualização ele ganha mais ferramentas.

Um vídeo muito interessante foi publicado nos últimos dias, mostrando as novas opções de compartilhamento de conteúdos entre o Moodle e o Second Life.

O vídeo mostra a configuração de um módulo no Sloodle, usando uma apresentação em slides. O módulo no Moodle se chama Sloodle presenter, que permite trabalhar com apresentações semelhantes à slides.

Depois que o módulo é criado, precisamos adicionar várias imagens em seqüência para que a apresentação seja criada. Pode até ser um pouco trabalhoso adicionar várias imagens para criar uma apresentação, mas essa é a maneira mais simples de fazer a integração e controlar o processo, direto do Moodle.

Se for necessário é possível usar web sites e até mesmo vídeos no módulo! O autor do tutorial adiciona esses recursos na página do Moodle, em que o módulo é adicionado.

Quando tudo está devidamente configurado, o autor parte para o Second Life para configurar a ligação com o módulo. Assim que o módulo está com a ligação efetuada, o professor pode passar o material dentro do ambiente 3d de maneira muito semelhante ao que acontece com Slides.

Para os professores de universidades e instituições de ensino que adotam o uso do Second Life como ferramenta educacional, o Sloodle é uma excelente opção para integrar um LMS ao processo e controlar o acesso e os conteúdos dos alunos. Hoje o hype em volta do Second Life é muito menor que há alguns meses atrás, mas ainda assim é uma opção interessante para compartilhar conteúdos e promover uma contextualização mais personalizada.

Como os recursos e largura de banda necessárias para trabalhar efetivamente com o Second Life ainda são de difícil acesso aqui no Brasil, esse tipo de recurso educacional ainda é muito restrito para a grande massa.

Como reverter uma disciplina no Moodle para seu estado inicial?

A vida de um professor sempre fica mais atribulada no final do semestre, principalmente quando estamos chegando ao final de mais um ano letivo. Os alunos estão querendo entrar de férias a qualquer custo, mesmo os que não obtiveram média suficiente para passar em uma determinada disciplina. Por isso, apesar de me dedicar ao design instrucional, a atividade de professor consome boa parte do meu tempo nesses final de semestre. Esse é um dos motivos pelos quais o blog está meio parado. Mas, hoje consegui uma pequena pausa nas correções para conferir alguns vídeos e notícias sobre o Moodle, e EAD pelo mundo.

Aqui no Brasil estamos no final do semestre, mas no hemisfério norte as coisas estão apenas se aproximando de uma pausa momentânea para as festas de natal e ano novo.

Um vídeo bem interessante para os usuários do Moodle, mostra o procedimento para retornar uma disciplina para o seu estado inicial. Sim, em algumas ocasiões em que você apenas gostaria de excluir os dados dos alunos, mas mantendo a estrutura básica da disciplina com os fóruns, chats e questionários de maneira como se eles nunca tivessem sido usados.

Antes de usar esse recurso, é de suma importância que você tenha certeza que não vai mais precisa das informações dos seus alunos, mantendo uma cópia de segurança para as emergências eventuais. O tutorial abaixo mostra de maneira segura, o local e opções disponíveis no Moodle para “resetar”, se você me permite o neologismo, uma disciplina para o seu estado inicial.

O procedimento é bem simples, e caso seja necessário o tutor ou professor pode escolher várias opções para manter material disponível. Por exemplo, o curso pode ter os dados dos alunos excluídos, mas as mensagens dos fóruns mais importantes podem ser mantidas. Assim como as tentativas dos questionários e trabalhos desenvolvidos em formato Wiki ou livros. A idéia é fazer um filtro, em que o tutor tem liberdade para escolher os itens que são mais importantes para a disciplina.

Nesse caso, como tudo deve começar novamente na disciplina o tutor precisa entrar nas configurações do curso e alterar dados relacionados com datas, como o início dos questionários e até mesmo a descrição do curso, em que as datas para inscrição possam ser usadas pelos alunos.

Essa é uma dica simples, mas que pode evitar o que acontece em muitos casos que é a instalação de um novo sistema, toda vez que um novo semestre está começando.

Como integrar conteúdos gerados no eXe com o Moodle para aulas online

Ontem comentei sobre uma lista com as ferramentas que devem ganhar destaque no meio educacional em 2009, sendo que o Moodle e outras ferramentas bem interessantes fizeram parte dessa lista. Uma dessas ferramentas se chama eXe e depois de consultar um pouco mais sobre seu funcionamento, encontrei um tutorial muito bom, mostrando a integração do conteúdo produzido com o eXe no Moodle, no formato IMS e SCORM. O vídeo está com narração em inglês, mas o autor tomou o cuidado de gravar as ações em velocidade baixa, para facilitar o entendimento.

Só tem um pequeno problema com o vídeo! Em momento algum o autor do tutorial abre o enquadramento da imagem, para mostrar a interface completa do Moodle, o que pode gerar um pouco de desconforto no início, mas os problemas ficam de lado, quando conseguimos visualizar o conteúdo sendo exibido de maneira rápida no Moodle.

O procedimento é bem simples, o designer instrucional ou tutor, prepara o conteúdo com imagens e textos no eXe para depois gerar um arquivo no formato ZIP. Esse mesmo arquivo é importando para o Moodle, que extrai o material e gera uma página com uma barra lateral de navegação.

Esse processe é muito mais rápido e ágil que a criação das páginas Web do Moodle, em que os tutores precisam editar quase que manualmente os conteúdos, como se estivessem construindo o texto em ferramentas como o Word. O problema todo é a construção de conteúdos usando imagens, que precisam ser inserida manualmente no editor de textos do Moodle.

No final do tutorial, o autor ainda mostra o mesmo processo para a criação de conteúdo do tipo SCORM no Moodle, que é muito simples também. Basta importar o arquivo e configurar o Moodle para extrair o conteúdo para o local que ele deve ser consultado.

Se você trabalha com design instrucional e pretende usar textos longos nos seus cursos, ou disciplinas ministradas pela internet, o eXe pode acelerar em muito o processo de criação de material educacional, principalmente se você usar o Moodle.