Se você já foi professor ou trabalhou em alguma instituição de ensino, deve ter tido contato com esse documento chamado Plano de aula. Mas o que é ele? Na verdade, colocando em palavras mais simples; é uma versão mais organizada da ementa. Quando uma pessoa analisa a ementa de uma disciplina ou curso, pode analisar todos os conteúdos que devem ser abordados naquele curso. Mas e a seqüência? Como o professor irá desenvolver os conteúdos? As respostas para essas perguntas estão no plano de aula. Nele o professor pode organizar por aula, quais os assuntos abordados.
Até ai não tem problema algum. O que me chama a atenção em relação a esse documento é a quantidade de modelos e tipos que encontro na mais variadas instituições de ensino. Alguns professores usam um modelo resumido, com apenas a separação dos conteúdos. Outras instituições adotam um modelo mais detalhado, com referências até para recursos na internet, como links e documentos online.
Dentre essa variedade de modelos, qual o melhor?
Essa é uma pergunta difÃcil de responder, mas podemos listar alguns dos itens que não podem faltar em um bom plano de aula:
- Separação das aulas
- Tópicos abordados em cada aula
- Recursos utilizados para ministrar cada aula
- Caso seja necessária a leitura de algum material extraclasse, indique como os alunos podem conseguir esse material
- Referências bibliográficas
Um item que não entra aparece com freqüência em um plano de aula é o tempo médio, gasto em cada tópico. Isso é fundamental para nortear a aula de um professor com menos experiência, ou que não tenha conhecimento dos detalhes de uma disciplina. Para quem já ministra a mesma aula, sobre o mesmo assunto há muito tempo, isso é desnecessário.
Mas, esse tipo de padronização pode ajudar muito os professores que não têm experiência com o tópico em sala de aula. Utilizar o tempo médio em cada tópico pode eliminar também a interpretação subjetiva do conteúdo. Quando um professor analisar um plano de ensino, criado por outra pessoa pode ter uma boa idéia da profundidade e complexidade da abordagem, caso o tempo médio necessário esteja claro.
Por exemplo, as abordagens são completamente diferentes, quando precisamos falar sobre “técnicas de ensino” em aulas de 15 ou 45 minutos. Você pode até achar que esse tipo de informação pode deixar a aula “engessada”, mas é fundamental para garantir um mÃnimo de padronização. Lembre que esse é o “tempo médio”, pode haver variações.
Quem trabalha com educação a distância sabe que esse tipo de recurso é fundamental para mensurar o tempo das aulas. Nessa modalidade, os planos de ensino são chamados também de roteiros de aula.
Tente implementar isso nos seus planos de ensino! No design instrucional esse é um recurso fundamental para garantir o tempo de um treinamento ou disciplina. Isso só ajuda na organização e manutenção da qualidade das suas aulas.