Previsões para o mercado de EAD em 2009

Um dos autores que acompanho quando o assunto é EAD ou e-learning se chama Tony Karrer, pela sua participação em projetos e iniciativas relacionadas a educação apoiada por internet. No início desse ano, ele publicou no seu blog um artigo com algumas previsões para o mercado de EAD em 2008, e como estamos chegando ao final do ano, gostaria de fazer alguns comentários sobre o que realmente se confirmou, e quais dessas previsões de aplicam ao mercado educacional em 2009. O artigo original com as previsões pode ser consultado nesse link, que leva para o seu blog.

No total foram 10 previsões que abrangem desde a gestão de cursos na internet, como a produção de conteúdos para esse tipo de curso.

Second Life

O mercado brasileiro de EAD tem algumas particularidades e diferenças abissais, em relação ao que os americanos fazem. Uma das principais diferenças é a maior disseminação da cultura relacionada ao uso da internet. Lá o acesso é barato e fácil, aqui no Brasil os computadores estão se popularizando apenas nos últimos anos.

Podemos começar com a parte relacionada com produção de conteúdo, que no caso dele se aplica mais ao mercado americano. Não farei análises detalhadas sobre tudo, mas dos pontos mais importantes.

Produção de conteúdo

Na previsão ele comenta que softwares de autoria multimídia iriam dominar o mercado. Não posso falar sobre os conteúdos das universidades americanas, mas o mercado brasileiro ainda deve ficar concentrado em conteúdo textual em 2009. Como o acesso a internet ainda é caro, e a alta velocidade de conexão é elitizada, as universidades e faculdades ainda precisam investir apenas em material baseado em texto.

LMS

Cada vez será maior a necessidade de sistemas LMS em instituições de ensino. Mas, esse mercado está sofrendo uma revolução, em que os sistemas LMS estão migrando para um modelo parecido com uma rede social. Aqui no Brasil, com a maioria das instituições aprendendo a usar ainda um LMS, como o Moodle, essa migração será mais demorada. Um aspecto positivo de uma rede social para educação, com portfólios e outros recursos é a chamada gestão de talentos. Em que a instituição pode identificar e selecionar os alunos com melhor desempenho.

Salas de aula virtuais no Second Life

Depois de uma euforia inicial, o uso do Second Life como ferramenta educacional está minguando. No início do ano, muita coisa se comentava da revolução que seria o uso dessa ferramenta, e muitas instituições gastaram um bom dinheiro, comprando uma ilha lá. O resultado? O próprio uso do sistema está em declínio. O seu uso educacional ainda é fantástico, mas com nichos específicos.

No próximo artigo, continuo falando sobre outras áreas como o mobile learning e o design instrucional, e suas respectivas previsões para 2009.