Moodle 2.0 só no meio do ano

Ao que parece o ciclo de desenvolvimento do Moodle 2.0 deve atrasar um pouco mais, e veremos uma nova versão desse fantástico LMS apenas em meados de Junho/Julho. Essa é uma atualização muito aguardada do Moodle, pelos novos recursos que prometem melhorar em muito a relação e gestão de um curso online com o sistema. Um desses recursos já foi comentado diversas vezes aqui no Blog, que é a possibilidade de utilizar pré-requisitos em atividades e recursos no sistema, para controlar um pouco mais a experiência dos alunos com o curso.

Mas, ainda existem outros recursos simples que podem ajudar muito. Por exemplo, está planejado um tipo de alerta ou mensagem para os alunos, indicando que o curso em que ele está participando está completo. Esse é um tipo comum de situação, os alunos perfazem todas as atividades do curso com leituras e questionários, mas não sabem ao certo se foi tudo concluído. Será que falta alguma coisa? O questionamento poderá ser evitado, com uma mensagem de alerta, avisando o aluno sobre a conclusão do curso.

Para uma lista completa com as novidades planejadas para o Moodle 2.0, inclusive com uma ótima tabela com porcentagens do que está efetivamente pronto, visite esse endereço para conhecer o cronograma do Moodle 2.0.

Outro dos recursos listados nessa página é o relatório que vai mostrar o desempenho do aluno de maneira individualizada. O recurso vai permitir que o professor ou tutor possa consultar o desempenho de cada aluno, usando métricas apropriadas para uma determinada competência. Por exemplo, o professor pode especificar que para atingir alguns objetivos educacionais o aluno precisa atingir e completar algumas atividades específicas, para que ele possa ser avaliado sob aquela competência em especial.

O que está sendo proposto aqui não é um simples acompanhamento de notas, mas sim a construção de relatórios e condições para que o professor possa trabalhar por competências. Esse é um conceito moderno de avaliação, que até hoje era difícil de usar no Moodle pela sua fundamentação em termos de notas. Quando um aluno é avaliado por competências, na maioria das vezes é usado um conceito para determinar o grau da avaliação.

Se você usa o Moodle na sua instituição de ensino, ou tem curiosidade sobre ele, recomendo muito uma visita ao endereço indicado, para conhecer algumas das vantagens em permanecer com o sistema!

Agora é só esperar.

Pré-requisitos para atividades e recursos no Moodle 2.0

Os cursos ministrados pela internet oferecem uma liberdade para os alunos que dificilmente, poderia ser igualada por cursos presenciais. Essa é uma vantagem indiscutível dos chamados cursos EAD. Mas, apesar do avanço em termos de controle sobre o aprendizado, é necessária disciplina para aproveitar essa liberdade. Se você ministra, ou já ministrou aulas, sabe que para a maioria dos alunos esse tipo de contole não funciona. Muito pelo contrário, os alunos precisam da orientação de um professor ou tutor. Para comprovar isso, basta averiguar a quantidade de alunos que consegue aprender sozinho, apenas mediante leitura. O resultado será um número extremamente pequeno de pessoas que efetivamente consegue aprender sozinha.

Com o tempo isso tende a mudar.

Mesmo com esse cenário de dependência dos professores, as iniciativas de cursos pela internet ainda são válidas e funcionam como exercício para mudar esse quadro. Para ajudar no processo de aprendizagem inicial, um sistema que direcione os alunos pelas atividades de um curso é fundamental! A próxima versão do Moodle está para adicionar um fantástico sistema de pré-requisitos. Esse recurso já foi comentado aqui no blog, mas se você ainda não conhece o recurso, o vídeo abaixo mostra muito bem o seu funcionamento.

O Vídeo foi produzido por Julian Ridden, que mantém um sistema chamado Playpen em que é possível fazer testes com recursos ainda em desenvolvimento para o Moodle. No vídeo ele mostra o Activity Lock, que permite trabalhar com pré-requisitos nos cursos.

O funcionamento do chamado activity lock é simples, para cada recurso ou atividade adicionado ao curso, é possível determinar outros recursos ou atividades que tenham sido previamente consultados. Com isso, os alunos precisam obrigatoriamente seguir a ordem determinada pelo autor do curso.

Apesar de ajudar muito o trabalho de design instrucional, ainda não é a solução definitiva para a dependência dos alunos. O ideal mesmo é incentivar a leitura como forma de auto-aprendizagem.

Caso a sua instituição de ensino tenha um ambiente de testes para sistemas LMS, uma versão preliminae do Moodle 2.0 pode ser copiada aqui. Lembre que essa versão deve ser usada apenas para fins de avaliação e não deve ser usada como seu ambiente principal.

Mais ferramentas avançadas para EAD no Moodle 2.0

Estou acompanhando com muita expectativa o desenvolvimento do Moodle 2.0, sendo essa uma das maiores atualizações em termos de ferramentas para gestão de cursos. Dentre essas novidades, algumas são relacionadas com atividades e novos módulos, como a possibilidade de usar os blogs internos como tarefas para os alunos. Com isso o professor poderá orientar os seus alunos a publicar um texto, em que o mesmo ganhará uma nota pela publicação. Ainda não conheço outro sistema LMS que consiga fazer esse tipo de união, entre ferramentas da web 2.0 e sistemas voltados a educação.

Agora, o que mais está me chamando a atenção mesmo é a gestão de conteúdo, com a possibilidade de usar uma sistema robusto de gerenciamento de conteúdos chamado Alfresco. Ele também é de código aberto e pelo que pude perceber, com o seu uso, instituições de ensino que tem várias turmas e conteúdos em diferentes disciplinas no Moodle vão se beneficiar em muito da integração.

Quer ver um exemplo? Hoje mesmo existem algumas universidades que usam os dois sistemas integrados, mediante uma pequena alteração em ambos. Como a Universidade de Athabasca, que inclusive fez uma pequena apresentação sobre a utilidade e métodos para fazer ambos os sistemas funcionar.

Esse é o vídeo que explica a união do Alfresco com o Moodle:

Não entendeu?

Em poucas palavras, o que está acontecendo ali é o seguinte:

1.    Você cria o conteúdo voltado para o moodle, com o uso de qualquer ferramenta da internet.
2.    Depois que o conteúdo estiver pronto, o Alfresco “envia” esse conteúdo para o Moodle, mediante um servidor intermediário.
3.    O moodle recebe o conteúdo, em formato de texto ou arquivos para as pastas dos próprios cursos.

Só isso? Não, a vantagem aqui é o gerenciamento. As alterações e modificações no conteúdo podem ser feitas sem a necessidade do Moodle, até mesmo a replicação dos conteúdos pode ser feita em várias disciplinas ao mesmo tempo. Pelo menos é isso que se espera de um gerenciador de conteúdos.

Ainda não tive oportunidade de usar o Alfresco, mas com essa notícia e a integração com o Moodle, vou começar a fazer os devidos testes imediatamente!

Visite o web site do Alfresco para saber mais sobre o sistema.

Teste e use ferramentas experimentais do Moodle

Quem usa o Moodle e quer testar algumas das ferramentas experimentais que podem ser implementadas, em futuros lançamentos tem uma ótima opção para fazê-lo. Você deve estar lembrado do sistema de pré-requisitos que eu havia comentado aqui no Blog, já faz algumas semanas, essa é uma das opções disponíveis para teste no sistema chamado Moodle Playpen. Ele é uma iniciativa de Julian Ridden, usuário dedicado ao desenvolvimento do Moodle como plataforma de ensino, ele instalou uma versão experimental do Moodle e permite que qualquer usuário interessado em testar funcionalidades avançadas do sistema, possa fazer isso sem a necessidade de instalar ou configurar versões de teste.

Tudo que é necessário é se inscrever no web site e entrar em alguns dos cursos disponíveis, que permitem visualizar e testar as funcionalidades. Por exemplo, pude testar sem maiores problemas o sistema de pré-requisitos. Ele trava o progresso do aluno no curso, permitindo que ele abra alguns recursos como textos e atividades apenas se algumas condições forem preenchidas.

O sistema é bem simples, fincando até bem visível para o aluno qual é a atividade que ele pode ou não fazer. Um pequeno ícone de cadeado fica localizado ao lado de cada tarefa, assim que um aluno completa uma atividade, as outras que são pré-requisito ficam com o ícone do cadeado aberto.

Outro recurso interessante no sistema é a possibilidade de fazer provas orais, isso mesmo, você não leu errado. Existe um módulo que permite fazer gravação de voz no Moodle, em que o professor pode configurar o tempo máximo do áudio e elaborar uma pergunta. O aluno pode começar a gravar a resposta, com o auxílio de um microfone. Isso elimina de vez o risco de copiar e colar os textos para as atividades.

Se você quer ter uma boa idéia do que pode aparecer no Moodle 2.0, esse é um ótimo local para fazer testes sem colocar em risco os dados dos seus alunos, ou quem sabe comprometer a infra de tecnologia da sua instituição de ensino. Para acessar os recursos é necessário se cadastrar, mas vale a experiência! Quem trabalha com Moodle, deve fazer ao menos uma visita.

Pré-requisitos para atividades no Moodle 2.0?

Que o Moodle é um ótimo LMS, isso é fato. Mas é sempre possível melhorar algo que já é bom. Pensando nisso é que alguns desenvolvedores do Moodle estão planejando uma ferramenta que fará a alegria, dos professores e gestores de cursos a distância que usam a ferramenta como apoio. Essa novidade consiste em um sistema de pré-requisitos para seguir nos cursos. O que é um pré-requisito? Quem trabalha com design de cursos sabe que um pré-requisito é uma condição especial, necessária para progredir em um curso. Por exemplo, um aluno que não é aprovado em uma disciplina, que é pré-requisito para outras em períodos seguintes, fica impedido de progredir no curso.

Algumas instituições de ensino não usam mais pré-requisitos para não prejudicar os alunos, mas o sistema faz sentido. Mas como isso se aplica ao Moodle?

O que está sendo planejado para o Moodle é o seguinte, os professores e gestores dos cursos pela internet, podem determinar algumas condições para que o aluno possa progredir no curso. Por exemplo, para visualizar um questionário de avaliação é necessário que o aluno abra um determinado número de textos, podendo inclusive precisar ficar nos textos por um período específico de tempo.

Isso evita que o aluno acesse áreas do curso, em que o professor gostaria que ele visitasse apenas quando o conteúdo estivesse totalmente assimilado. Outro ponto importante para a gestão de cursos, com os pré-requisitos os professores podem evitar que os alunos tentem realizar as tarefas de avaliação, sem que tenham lido ou consultado um mínimo de material.

Ainda é cedo para dizer quando esse tipo de recurso estará disponível, mas alguns administradores de sistemas Moodle já estão usando versões modificadas, com uma simulação dos pré-requisitos. Você pode saber mais sobre o assunto, nesses dois links:

  • Lista de recursos para o Moodle 2.0
  • Discussão sobre pré-requisitos nos fóruns do Moodle

Esse é um exemplo do controle disponível, nas versões modificadas do Moodle, com o sistema de pré-requisitos:

Claro que é tudo muito experimental e problemas de instabilidade e compatibilidade existem, por isso se você quiser testar, tenha em mente que não é recomendável usar essa versão experimental em cursos ainda, use apenas para teste. Se você é professor, mas não tem experiência com servidores e sistemas como o Moodle, não se preocupe.

O importante agora é saber que a ferramenta de pré-requisitos estará provavelmente no Moodle 2.0, que junto com os projetos do SoC 2008 mostram que o futuro do Moodle ainda pode reservar gratas surpresas, para educadores que procuram ferramentas eficientes para ensinar com o apoio da internet!