Tarefas com envio de arquivos no Moodle para cursos a distância

O Moodle oferece algumas ferramentas e opções muito interessantes, para professores e instituições de ensino que pretendam usar a internet como apoio ao ensino. Uma dessas opções mais úteis depois dos questionários é a tarefa com envio de arquivo, em que o professor ou tutor pode elaborar uma pesquisa ou tarefa, resultando em um arquivo de texto, planilha ou apresentação. O sistema pode recolher o arquivo e organizar o material para o professor de maneira automática, com algumas vantagens como a possibilidade de adicionar comentários e prazos com data e horário para o envio do material. Na maioria dos casos, os professores recebem o material dos alunos por e-mail, o que pode gerar envios fora do prazo e uma certa confusão no professor.

Pois, as mensagens dos alunos se misturam com mensagens relacionadas com outros assuntos. Caso você não conheça esse tipo de tarefa no Moodle e gostaria de visualizar um pouco do seu funcionamento, encontrei três ótimos vídeos elaborados pela Universidade de Nova Jersey nos EUA, que ensina muito bem o funcionamento desse tipo de tarefa.

O primeiro vídeo mostra uma introdução breve às tarefas no Moodle, com as diferenças entre os tipos. Por exemplo, existem tarefas de envio de arquivo, texto online e outras.

No segundo vídeo, o pessoal da parte tecnologia voltada à educação, mostra o funcionamento do envio avançado de arquivos para essas tarefas. São explicadas as funções de cada um dos itens de configuração, assim como as limitações e restrições que podem ser impostas aos alunos.

O último vídeo é o mais interessante para tutores e professores envolvidos com cursos e iniciativas de EAD. Ele mostra como é possível organizar as notas atribuídas aos alunos, assim como o feedback em texto que pode ser associado a cada tarefa enviada. Por exemplo, os alunos podem enviar os arquivos para o Moodle, e o tutor vai atribuir uma nota ao trabalho ao mesmo tempo em que adiciona um breve comentário, justificando a avaliação e quem sabe até fazendo sugestões para melhorar o trabalho.

Esse tipo de recurso é fantástico para gerenciar projetos que envolvem muito tempo de desenvolvimento, pois o professor ou tutor pode atribuir notas aos arquivos e solicitar que os alunos refaçam uma parte específica do trabalho. Enquanto o prazo do material estiver vigente, os alunos podem enviar novos arquivos com atualizações nos seus projetos.

Modelos de remuneração para professores e tutores de cursos a distância

Como remunerar um professor ou tutor em cursos a distância? Essa é uma das principais dúvidas dos gestores de instituições de ensino, quando começam a trabalhar com iniciativas voltadas a educação pela internet. O assunto é recente e pelo que pude apurar com alguns colegas que ministram aulas como tutores, e por experiências próprias também, pude perceber que cada instituição adota um modelo diferente de remuneração. Qual o melhor? Qual o mais justo? O assunto é polêmico e deve no futuro trazer até mesmo complicações trabalhistas, com professores acionando instituições na justiça, por trabalhar a noite e em horários pouco convencionais.

Today Was a Tough Day . . .

Existem no total vários tipos de remuneração para professores/tutores:

  • Por aluno: Esse é o tipo de remuneração mais comum, em que o professor tutor recebe um percentual sobre cada um dos alunos participantes do seu curso. Quanto mais alunos um curso tem, maior será a remuneração do tutor. Segundo a maioria das instituições de ensino, o tipo de remuneração por aluno é uma forma de estimular o tutor a motivar os alunos a permanecer no curso.
  • Por horas trabalhadas: Os chamados tutores fixos recebem dessa maneira, funcionando de maneira semelhante a um professor com carga horária fixa. Nesse caso, os tutores são mais generalistas e podem atuar em várias disciplinas ou cursos. Quando um tutor com conhecimentos mais especializados é necessário, o mesmo é contratado pelo regime de alunos.
  • Por quantidade de material: Por último, o modelo para produção de material que leva em consideração a quantidade de tópicos ou texto, que o chamado tutor de conteúdo vai produzir. Dentre todos os modelos de remuneração, esse é o que apresenta maior número de variações, pode ser por páginas, horas de produção, direito de imagem em vídeo e muitos outros.

Em minha opinião, os modelos que ligam quantidade de alunos a remuneração do professor, pode ser perigosa para a instituição, pois no começo dos cursos pela internet, a quantidade de alunos sempre é alta. Mas, em pouco tempo a alta evasão desses cursos pode retirar recursos financeiros do curso, inviabilizando em pouco o curso.

E você? Como é o modelo de remuneração da sua instituição?

A melhor opção é escolher um LMS aberto ou pago para EAD?

Sempre que uma instituição de ensino pretende usar aulas semipresenciais em suas aulas, como as instituições de ensino superior que podem usar até 20% da sua carga-horária em aulas a distância, uma dúvida sempre surge; qual é o sistema LMS que deve ser escolhido? O nosso mercado de sistemas como esse não é muito diferente do americano ou europeu, existem várias opções na área de ferramentas fechadas como o famoso Blackboard ou abertos, como o igualmente famoso Moodle ou o pouco conhecido, mas excelente Sakai.

Qual a melhor opção?

A resposta para essa pergunta é difícil, geralmente quando alguém me pergunta isso, geralmente recebe outra pergunta como resposta; o que a instituição quer?

Lim public lecture 1

Se você for leitor aqui do Blog, deve saber que sou defensor do Moodle como plataforma LMS, pela sua natureza aberta e também devido a sua grande quantidade de recursos, mas não significa que ele seja a solução para todas as instituições de ensino.

O objetivo e planejamento da instituição de ensino são fundamentais para a escolha do sistema, por isso gosto de analisar dois cenários diferentes, envolvendo instituições com planejamento o objetivos distintos, para mostrar quando é interessante usar um LMS fechado e pago.

Vejamos a situação da instituição 1:

  • Metodologia EAD: Indefinida
  • Avaliação nas aulas: Os alunos são avaliados por amostragem
  • Critérios de avaliação: Indefinidos, a instituição pode se adaptar ao que o LMS oferece
  • Conteúdos EAD: Terceirizados
  • Equipe de TI: A infra de TI é totalmente terceirizada, sem nenhuma pessoa fixa na instituição

Agora a instituição 2:

  • Metodologia EAD: Bem definida, baseada em aprendizagem baseada na resolução de problemas
  • Avaliação nas aulas: Todos os alunos devem ser avaliados, mediante diferentes atividades
  • Critérios de avaliação: A instituição tem critérios próprios para aulas EAD, o LMS precisa se adaptar a instituição
  • Conteúdos EAD: A instituição determina os conteúdos próprios e personalizados para seus alunos
  • Equipe de TI: Equipe de TI própria, para dar suporte a TI na instituição

Na comparação entre as duas instituições, a primeira se enquadra melhor nas características de uma instituição de ensino que precisa de um LMS pago. Pois, esse tipo de sistema oferece hospedagem e suporte inclusos no contrato. Sem equipe de TI e critérios bem definidos, a experiência dos alunos e professores será mais genérica, se adaptando ao que o sistema oferece para suas aulas na internet.

Já a instituição 2, parece mais decidida a controlar em detalhes o processo completo de ensino pela internet, portanto um sistema LMS aberto se encaixa de maneira mais adequada aos objetivos da instituição. Se o sistema não oferecer o que for necessário, a instituição pode muito bem desenvolver as ferramentas necessárias para a aplicação dos seus critérios.

Qual instituição é melhor? Na verdade, não existe situação correta ou errada. Ambas as instituições estão se adaptando a situações corriqueiras as suas respectivas realidades.

E você, qual seria a melhor opção para cada uma das instituições?

Mais uma universidade migra para o Moodle

Não é novidade para ninguém, quando sou questionado sobre o melhor sistema LMS para uma instituição de ensino, a resposta é categórica; Moodle! Aqui no Brasil, esse ainda é um assunto polêmico, pois os chamados softwares livres, que são associados com ferramentas gratuitas não são bem vistos por instituições de ensino privadas. Elas ainda preferem pagar pequenas fortunas, para terceirizar o serviço com empresas que vendem um “pacotão”, com sistema LMS e uma suposta metodologia EAD. Mas, existe uma luz no fim desse túnel, pois existe um movimento muito forte, de universidades mundo afora migrando para sistemas abertos como o Moodle.

Sempre que sai uma notícia relacionada com isso, guardo para apresentar em futuros projetos de implantação, para apresentar como documentação de apoio.

Sharjah University City in the morning - "Uni-Stadt" in Sharjah am Morgen

Agora foi a vez da universidade da Louisiana, nos EUA. Eles estão em processo de migração para a plataforma Moodle, e segundo essa notícia veiculada no web site da universidade, eles estão sendo acompanhados de perto pela empresa responsável pelo último LMS da instituição, o difamado BlackBoard.

No artigo, o pessoal responsável pelo setor de tecnologia educacional, fala que eles ainda não estão 100% certos da migração, mas que as expectativas são muito promissoras.

Qual a maior vantagem em usar o Moodle? Não é a metodologia, segundo o artigo o pessoal da universidade está mais animado com a possibilidade de desenvolver as suas próprias ferramentas, com necessidades específicas da instituição de ensino. Eles já haviam solicitado a Blackboard o desenvolvimento de várias ferramentas específicas, mas sem nenhuma resposta. A natureza aberta do Moodle permite que a própria instituição de ensino faça as adaptações.

Mas e os custos? O valor que era pago em licença, agora é destinado à equipe de suporte, para a personalização e adaptação do Moodle!

Essa não é a primeira e nem será a última instituição de ensino a fazer essa migração, o caminho é inevitável. Será o fim dos sistemas LMS proprietários? Não sei dizer ao certo, mas com certeza essas empresas devem passar por profundas mudanças nos seus modelos de negócios, caso queiram continuar inseridas no mercado de tecnologia educacional.