Guia de tecnologias educacionais do Ministério da educação

Quando o assunto é promover a tecnologia educacional em instituições de ensino, a maioria dos gestores e coordenadores dessas instituições se encontra com um pequeno problema nas mãos; qual tecnologia ou projeto escolher? A quantidade de informações e sistemas desenvolvidos em diversas localidades, mesmo em língua portuguesa é muito grande. O que pode realmente atrapalhar na hora da escolha, sem falar na falta de experiência e vivência dos gestores com assuntos relacionados à tecnologia da informação, especialmente se for associada à sala de aula.

Como forma de promover e facilitar a pesquisa dos gestores das diversas instituições de ensino, o ministério da educação elaborou um guia de tecnologias educacionais, voltado de maneira clara para os gestores de instituições públicas, com tecnologias e recursos que podem ser usados como apoio em sala de aula. A maioria das tecnologias foi desenvolvida aqui no Brasil mesmo. O catálogo é de 2007, mas ainda é possível encontrar material interessante para os mais variados fins, desde o ensino das unidades básicas como matemática até o aperfeiçoamento de professores.

Para saber mais sobre o projeto, você pode visitar esse endereço que leva diretamente a página no web site do ministério da educação, com a descrição do guia. O documento pode ser copiado como um arquivo PDF de aproximadamente 60 MB no endereço indicado acima, para as pessoas interessadas em consultar a lista de tecnologias disponíveis é a maneira mais rápida de ter acesso a lista.

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Uma das coisas que senti falta no guia é um simples sumário com numeração de páginas, o que mostra que faltou um designer de informação para organizar o material! Se você quiser conhecer as tecnologias como um todo, precisa passar por todas as páginas. Até é possível achar alguns dos projetos no guia pelo sumário, mas para descobrir em que página ele está é necessário ir folhando o documento todo, ou então usar o localizar do leitor de arquivos PDF.

Deixando essa parte do sumário de lado, o guia se mostra muito bom na apresentação dos projetos que envolvem tecnologia educacional no Brasil. Os projetos de tecnologia educacional estão organizados nas seguintes categorias:

  • Gestão da educação
  • Ensino-aprendizagem
  • Formação de profissionais da educação
  • Educação inclusiva
  • Portais educacionais

Essa última opção não tem relação alguma com sistemas LMS, mas sim com portais que oferecem algum tipo de conteúdo de apoio a professores e educadores, como o excelente Portal Domínio Público que oferece material livre de direitos autorais que podem ser usados sem restrições na sala de aula.

Se você trabalha de alguma maneira com tecnologias voltadas à educação, recomendo o download e consulta ao material.

Técnicas para aprender melhor

O início do ano letivo está chegando, a maioria das instituições de ensino deve começar as suas aulas no início de Fevereiro. Além dos procedimentos normais de revisão e atualização do material didático, assunto que deve ser abordado aqui no blog nos próximos dias, um ponto que muitas vezes é relegado para o segundo plano e deve ser abordado com seus alunos é; como aprender e estudar melhor. Sempre que posso estou fazendo sugestões para que os alunos possam criar o seu ambiente pessoal de aprendizagem (PLE), para que possam acompanhar e estudar melhor usando tecnologia. Mas, ainda assim existem algumas dicas e procedimentos simples que podem fazer a diferença, principalmente para os alunos que têm dificuldades no aprendizado (a maioria).

Um artigo muito interessante de uma psicóloga chamada Kendra Wagner, aborda o assunto com várias dicas e técnicas para melhorar o aprendizado. Mesmo para professores e acadêmicos formados, algumas dicas podem ser de grande utilidade, por abordar um tema importante para os “trabalhadores do conhecimento”, afinal o estudo e aprendizagem fazem parte do nosso trabalho.

Russian Concentration

O objetivo desse artigo não é copiar o que foi indicado, para isso recomendo que você faça uma visita a página original que está em inglês. Para as pessoas com dificuldades no inglês, esse link tem uma tradução automática do texto para português.

Esse é um pequeno sumário das principais dicas, que considero as mais valiosas:

  • Sempre que aprender uma coisa nova, mantenha o assunto vivo na sua memória, colocando o conhecimento em prática
  • Aprenda de várias maneiras como por meio de livros e material multimídia
  • Ensine o que você aprendeu para outras pessoas (Essa é uma das maneiras mais eficientes de aprender!)
  • Utilize conhecimentos prévios no seu aprendizado, para construir uma cadeia de conhecimentos
  • Procure por respostas para as suas dúvidas em vários meios, para conseguir novos pontos de vista sobre o assunto
  • Adquira experiência prática naquilo que é foco dos seus estudos
  • Aprenda e analise as maneiras como você aprende melhor
  • Use testes e exercícios para potencializar o seu aprendizado
  • Faça uma coisa de cada vez! Uma das maneiras de sabotar o aprendizado é a multi tarefa, em que o aluno acaba fazendo várias coisas ao mesmo tempo, sendo uma dessas coisas estudar

As dicas do artigo são extremamente valiosas e pode servir para uma possível apresentação ou aula inaugural para seus alunos no primeiro dia de aula. Já selecionei algumas dessas dicas para passar para meus alunos!

Como criar material educacional no padrão SCORM como eXe?

Assim que eu já havia prometido aqui no Blog, estou estudando a ferramenta eXe que foi listada como sendo um dos grandes destaques para a área de produção de conteúdo educacional. O eXe é o companheiro perfeito para professores e designers instrucionais que precisam elaborar materiais formatados no padrão SCORM. Com ele o professor pode planejar uma série de conteúdos, integrar mídias e até mesmo formatar avaliações sem a necessidade de uma sistema como Moodle. Depois que todos os conteúdos estão criados, o professor pode exportar o material como um arquivo zip, compactado com todo o seu conteúdo.
A melhor parte é a compatibilidade do padrão SCORM com vários sistemas educacionais diferentes. O mesmo conteúdo pode ser exportado para o Moodle, Blackboard ou Sakai. Tudo que o designer instrucional precisa é um sistema que aceite o padrão SCORM. Se o sistema da sua instituição de ensino não aceita esse padrão, esse pode ser um ótimo indicador da defasagem do sistema LMS.

Mas, como é que o eXe funciona?

A primeira coisa que você precisa fazer é instalar o software, depois de fazer o download na página oficial do projeto. Só para fins de constatação, o eXe é oriundo de uma universidade da Nova Zelândia.

A primeira coisa que você vai notar no software é que o seu funcionamento está integrado com um navegador web. No meu caso o Firefox, para isso ele simula um servidor web no seu computador local.

Portanto, ao criar conteúdos no sistema, você vai automaticamente estar formatando e visualizando suas aulas, no padrão em que o material será apresentado aos alunos.

Para que o entendimento dos conteúdos criados no eXe fique mais simples, vamos exemplificar o material como sendo um livro eletrônico que fica disponível o tempo todo na internet. O livro pode ser composto por vários tipos de materiais, que são adicionados ao pressionar os itens indicados no menu da esquerda.

Você pode usar várias opções para montar as suas aulas. Assim que uma nova opção é adicionada, será necessário incluir as informações de configuração dessa opção, como os textos no caso de um item do tipo “Free Text”.

No final da configuração, clique no pequeno ícone verde na parte inferior para confirmar, ou no vermelho para cancelar e excluir esse material.
Só para terminar essa nossa introdução a produção de material com o eXe, podemos dividir o nosso livro em várias páginas ou capítulos organizadas da maneira como você achar melhor. Na esquerda, logo acima das opções de materiais, podemos adicionar páginas e organizar os conteúdos.

Essa foi apenas uma visão geral de como funciona o eXe, nos próximos artigos sobre esse assunto, pretendo entrar em mais detalhes sobre os recursos interativos, disponíveis para designers instrucionais e professores, que precisam elaborar aulas pela internet.
Por enquanto, você já pode começar a se aventurar e tentar planejar as suas aulas, usando esse tipo de ferramenta.

Mahara: Como incrementar as características sociais do Moodle e criar comunidades educacionais?

Já faz alguns dias que comentei aqui no Blog, o uso do Moodle em conjunto com uma ferramenta chamada Open Share, que permite abrir partes de um curso para visitantes do web site. Pois, esse não é o único sistema que funciona em conjunto com o Moodle, para tentar melhorar a experiência do aluno com o sistema e expandir ainda mais as capacidades do sistema. Além de todos os recursos que o Moodle já disponibiliza para instituições de ensino e professores, para oferecer cursos pela internet usando ferramentas e opções com algo nível de interação, ainda existe a possibilidade em agregar os portfólios online ao sistema, ou os e-portfolios como também são chamados.

O que é um portfólio online? Essa é a especialidade de um sistema chamado Mahara, foco desse artigo e a sua integração com o Moodle.

Antes de falar sobre os portfólios online, vamos falar um pouco sobre o uso do Moodle, como plataforma de ensino em instituições que preparam alunos para o mercado de trabalho. Os departamentos de estágio das empresas, precisa constantemente selecionar currículos de alunos, para encaminhar para empresas. Esses currículos na maioria das vezes são armazenados como arquivos DOC. Não seria fantástico, se os alunos pudessem construir currículos no Moodle, e os gerentes dos setores de empregabilidade ou estágio, fizessem uma busca dentro dos perfis, usando tags e outros elementos para procurar por dados atualizados?

Pois, é esse tipo de tarefa que o Mahara consegue realizar. Um sistema de portfólios online permite estender em muito os perfis do Moodle, fazendo com que os alunos possam criar seus próprios artefatos personalizados, redes sociais, listas de amigos, currículos online e muito mais. No ato da consulta do currículo, a mesma pessoa já poderia procurar um histórico das atividades do aluno no Moodle, para verificar o desempenho acadêmico do mesmo.

O vídeo abaixo mostra uma apresentação rápida de como o Mahara funciona:

O melhor de tudo é que o Mahara funciona de maneira integrada com o Moodle, para o aluno parece que ele está no mesmo sistema, pois os dois compartilham informações. Para o aluno, fica a vantagem de permitir que os seus dados sejam ou não visualizados por outros alunos, a escolha é dele!

Como fazer a integração com o Moodle? O vídeo abaixo, explica a integração e foi publicado por Julian Ridden, também conhecido como Moodleman. Ele fala sobre a integração e a vantagem em usar os dois sistemas, mostrando inclusive um exemplo funcional de alunos interagindo com o Moodle e Mahara.

Isso mostra como o Moodle, pode ser uma ferramenta ao mesmo tempo de baixo custo, mas com ferramentas e recursos incríveis, e que fazem com que fique difícil um sistema LMS proprietário competir com a ferramenta. Se você tiver interesse e uma equipe técnica (pequena mesmo), capaz de gerenciar esse tipo de interação com sistemas, vale a pena fazer ao menos uma experiência com o Moodle.

O Mahara também é de código aberto e de uso gratuito!

A tecnologia pode substituir os professores?

Hoje é dia do professor, gostaria de parabenizar a todos os colegas professores que acompanham o Blog e enriquecem a experiência dos visitantes, com comentários construtivos ou simplesmente enviando mensagens, concordando ou discordando de algum artigo ou assunto abordado aqui. Todas as participações são válidas e muito bem vindas, afinal de contas, todos sabem o quanto é importante para os professores a troca de experiências e o conhecimento de novas técnicas e metodologias, para melhorar a nossa vivência em sala de aula.

Parabéns a todos!

Um dos assuntos que mais abordo aqui no Blog é o uso de tecnologia como apoio à educação. Mas, será que um dia a figura do professor vai desaparecer? Ele será substituído pela tecnologia?

Professores e tecnologia

Na verdade, o professor sempre será figura essencial no processo de ensino. Por mais perfeitas que as novas tecnologias sejam apenas os professores com a experiência do contato humano e a percepção das dificuldades, que cada indivíduo tem, pode alcançar os objetivos educacionais de uma disciplina ou curso com eficiência.

Mas, isso não significa que a tecnologia não deve alterar de maneira drástica a maneira com que os professores trabalham e exercem seu ofício. Cada vez mais, será necessário que os docentes dominem as tecnologias de informação, principalmente no que se refere à comunicação usando a internet.

Se você quiser se preparar para um futuro dominado por tecnologias educacionais, comece entendendo um pouco mais sobre a internet, educação a distância, o funcionamento de um LMS como o Moodle e principalmente e principalmente experimente esses ambientes para estudar. Assim é possível fazer analogias, com a experiência que os seus próprios alunos devem vivenciar.

Eu mesmo, sempre que posso, estou estudando e lendo textos ou vídeos educacionais no celular. O objetivo é aprender os conteúdos e ao mesmo tempo avaliar o ambiente, para propor soluções educacionais com esse tipo de tecnologia.