Como lidar com interrupções em apresentações e palestras?

Uma coisa que sempre deixa muita gente nervosa em apresentações, tirando a parte do falar em público são as interrupções que eventualmente podem acontecer nas palestras. Essas interrupções são comuns e podem quebrar o ritmo de uma boa palestra. O medo dos palestrantes é de aparecer alguma interrupção com a qual ele não possa lidar, como uma pergunta que foge do escopo da apresentação e passar a idéia de que não conhece o assunto. Já vi muitas pessoas, que demonstravam confiança em relação ao assunto da palestra que estavam ministrando, mostrar habilidade em dizer que desconhece o assunto, e outros que se complicavam em tentar explicar algo que não dominam.

Como lidar com isso?

Se você quiser um material mais extenso, recomendo a leitura desse artigo sobre o assunto em língua inglesa.

Orange Question Mark Button

Agora, na prática existem algumas coisas que são de conhecimento da maioria dos professores, com um pouco de experiência na sala de aula. No meu caso, eu geralmente faço o seguinte quando sou interrompido em aula, ou durante uma palestra:

  1. Deixo que a pessoa faça a pergunta ou questionamento até o final
  2. Caso a pergunta seja respondida na mesma aula ou palestra, informo apenas que ela deve aguardar um pouco para que a pergunta seja respondida
  3. Se o assunto for completamente diferente da aula ou palestra, eu me comprometo a falar com a pessoa quando a apresentação terminar, para passar a indicação de livros ou web sites sobre o assunto
  4. O mais importante é que você consiga responder prontamente, mesmo que seja com um sincero “desconheço esse assunto, mas posso indicar fontes de pesquisa”
  5. Depois de esclarecidos os pontos, retorne para a sua apresentação e termine a linha de raciocínio

Como você pode perceber, os procedimentos são simples e evitam a maior parte dos problemas e da maior causa de descontentamento em apresentações, que é a sensação de pânico ou desconforto do palestrante. O mais importante é manter a calma e se preparar para qualquer eventualidade.

Para professores mais experientes, isso é fácil, pois com o tempo é possível reunir uma boa gama de perguntas freqüentes, feitas durante as apresentações e até usar isso, como fonte de informação para um slide no final da apresentação, ou até mesmo pontos que devem ser comentados mesmo no final.

Como classificar apresentações em PowerPoint pelo seu design?

Depois de muito tempo lendo e estudando técnicas de oratória e design de apresentações em PowerPoint, percebi que alguns autores renomados da área estão cobertos de razão ao criar uma classificação para o design dos slides. Sim, assim que você terminar de ler esse artigo e for assistir a sua próxima apresentação, tente identificar em qual categoria o palestrante se enquadra. A classificação foi criada por Nancy Duarte e Garr Reynolds, ambos os autores de livros sobre técnicas de design para slides e oratória.

Estou lendo o livro da Nancy Duarte agora, sobre apresentações e devo em breve fazer uma análise dele aqui no Blog, mas mesmo antes de terminar a leitura quero comentar essa classificação, que é simples mais muito verdadeira!

bad-powerpoint

A classificação se divide em três partes e funciona assim:

  • Apresentação do tipo documento: Esse é o tipo de apresentação em que a pessoa responsável pela elaboração dos slides, caba criando um documento. Sim, aquelas apresentações que podem ser usadas ao mesmo tempo para estudar ou conhecer um determinado assunto, sem o palestrante. Esse é o pior tipo de apresentação, em que o palestrante podia muito bem enviar o material por e-mail ou impresso e economizar o tempo da palestra.
  • Apresentação do tipo teleprompter: Aqui temos o tipo mais comum, em que se enquadra a maioria dos profissionais. Com esse tipo de apresentação, o palestrante adiciona os textos necessários ao slide para que ele e a platéia sigam a apresentação lendo. O uso desse tipo de apresentação gera dois graves erros em palestras, na maioria das vezes o palestrante de vira para a tela, para poder ler os textos e esquece-se da audiência e as pessoas esquecem o que está sendo falado na apresentação, pois estão ocupadas lendo os slides.
  • Apresentação: Por último, as apresentações que realmente são apresentações. Esse tipo é fundamentado basicamente em elementos visuais e é o pilar de uma boa apresentação oral, sem mencionar que seguem uma boa lógica de raciocínio e passam uma mensagem.

Como você pode perceber, a maioria das pessoas é condicionada a criar apresentações do tipo teleprompter. Da próxima vez que você assistir a uma palestra, tente classificar a apresentação e torça para ser uma apresentação mesmo!

Mais de 70 links para modelos, dicas e imagens para PowerPoint

Nunca é demais agregar uma boa quantidade de recursos para apresentações em PowerPoint, sempre estou procurando por mais imagens e técnicas para melhorar as minhas aulas. Se você acompanha o Blog, deve saber que sempre estou publicando artigos, indicando links para planos de fundo, modelos para slides ou estratégias para melhorar as apresentações. Hoje o artigo é a indicação de um web site que agrega grande quantidade de recursos, desde links para modelos de slides até estratégias e análises das apresentações de palestrantes renomados. O Blog Meryl.net compilou essa lista, que você pode acessar aqui.

Podcast Speaker, IT Bootcamp Series

Como o título do artigo descreve, a lista é composta por aproximadamente 70 links, para outros web sites. Dentre esses links, posso destacar os seguintes:

  • Palestra de Garr Reynolds sobre apresentações, o link leva para um vídeo no YouTube
  • Palestra de Al Gore sobre aquecimento Global. Aqui aproveito o gancho para recomendar o DVD “Uma verdade Inconveniente”, que é um ótimo documentário sobre o aquecimento global, e ao mesmo tempo uma verdadeira aula sobre como fazer uma apresentação. O Al Gore é sem sombra de dúvida um exemplo a ser seguido, no que se refere a apresentações
  • Apresentação do Guy Kawasaki, o criador da regra do 10-20-30 para apresentações. O link nos leva aos slides dele no Slideshare.
  • Dicas para criar apresentações e slides com visual agradável no PowerPoint 2007
  • Vídeo da apresentação do Ipod, por Steve Jobs.
  • Como identificar uma apresentação ruim? O link leva a um ótimo texto que mostra o que não fazer em uma apresentação.

Essa é apenas uma lista resumida do que você pode encontrar, dentre os 70 links listados. A primeira parte é a mais interessante para mim, porque ela relaciona vários vídeos e recursos multimídia. Como as apresentações do Al Gore e do Steve Jobs, dois dos mais exímios palestrantes que conheço.

Para descontrair, no final da lista o autor da lista, relaciona vários textos e vídeos sobre apresentações e fatos divertidos sobre o PowerPoint e apresentações. Não leve muito a sério essa parte, ela serve apenas para descontrair.

Estratégias para planejar uma boa apresentação em PowerPoint

Qualquer pessoa que precise fazer apresentações, palestras ou treinamentos como meio de trabalho, estando inclusos ai a maioria dos professores, precisa conhecer algumas regras de “etiqueta” para apresentações. Essas regras determinam algumas linhas de comportamento e planejamento, necessários para que a sua apresentação seja agradável para as pessoas que precisam assistir a sua palestra ou aula, seja por obrigação ou curiosidade. Para começar, considero muito importante conhecer alguns tipos especiais de apresentações, que fazem sucesso fora dos meios empresariais, mas que começam a ganhar espaço dentro das empresas e instituições de ensino. O principal objetivo delas e evitar a síndrome do “death by powerpoint” ou em tradução livre; morto pelo PowerPoint.

Powerpoint + Sonne = ...

Dentre essas regras destaco duas delas, que já foram tema de artigo aqui no Blog:

  • Regra do 10-20-30: Conjunto de normas desenvolidas por Guy Kawasaki, com o objetivo de melhorar as apresentações em PowerPoint. A regra é bem simples, o número 10 corresponde ao número máximo de slides em uma apresentação. O número 20 é o tempo máximo em minutos que você tem para apresentar, e o 30 é o tamanho mínimo das fontes na apresentação.
  • Pecha-Kucha: Aqui temos um modelo de apresentação mais restrito, que é conhecido como modelo do 20 por 20. Cada apresentação deve ter 20 slides, sendo apresentados em 20 segundos. Assim o total da apresentação é de 6 min e 40 segundos. Tudo é fixo, inclusive o avanço dos slides é configurado automaticamente. Para o sucesso do modelo, as perguntas sobre a apresentação devem ser realizadas apenas no final.

Como você pode perceber, o primeiro modelo é mais flexível, impondo limites máximos. No segundo, as apresentações devem ter números fixos! Assim podemos planejar com eficiência o tempo, para apresentações em grupo isso é fantástico. Acredito que todos já ficaram presos a apresentações intermináveis, que não explicavam nada e fugiam do controle.

Esse tipo de atraso é prejudicial em ambientes acadêmicos e coorporativos. Para empresas é até pior, pois resulta em perda de produtividade.

Por esse motivo que muitas empresas estão treinando seus funcionários, para que os mesmos façam apresentações seguindo regras, como a do 10-20-30 ou então o modelo Pecha-Kucha.

Repare que a única dica sobre design de slides vem da primeira regra, sendo que o ponto em comum de ambos os modelos é a gestão do tempo e objetividade da apresentação. Lembre que o foco de uma apresentação em PowerPoint ou Impress é servir como apoio para a oratória, seja objetivo e claro na exposição das idéias, usando apenas o tempo necessário.

Assim as suas apresentações podem ser consideradas um sucesso, e ninguém vai reclamar dizendo que morreu de tédio.