Hoje pela manhã estava lendo mais um artigo sobre educação a distância quando me deparei com um assunto que é ao mesmo tempo, vital de ser compreendido por todos que trabalham nessa área, como é um dos diversos desafios para os alunos que não têm experiência com esse tipo de ensino. O artigo fala sobre o nÃvel de independência que um aluno deve ter em cursos a distância, seja pela internet ou mediante outras mÃdias assÃncronas. O estudo por ambientes assÃncronos, em que não há interação com professores ou tutores é o tipo mais utilizado de ambiente nas instituições de ensino que usam EAD no Brasil.
A maioria das atividades são realizadas na internet, sem a presença de um tutor ou professor para auxiliar o aluno. Por um lado, as pessoas que conseguem se adaptar a esse tipo de ambiente, conseguem atingir um incrÃvel nÃvel de independência, que é o grande diferencial dos alunos participantes de cursos EAD. Já o outro lado dessa moeda, abrange os alunos que fazem cursos EAD pelo baixo valor das mensalidades, mas não estão muito interessados nesse tipo de vantagem, apenas na economia da mensalidade.
O resultado? Muitos alunos insatisfeitos e contribuindo para disseminar a “baixa qualidade” dos cursos.
Claro que existem cursos bons e ruins, até no ensino presencial é assim.
Mas, o aluno deve ou não ter autonomia total? O artigo, que pode ser consultado nesse link, aborda muitos pontos de vista e indica vários autores que comentam o assunto. A conclusão do mesmo é positiva, o aluno deve ter autonomia sobre seus estudos e aprendizagem.
Esse é um conceito moderno e até mesmo liberal de aprendizagem, mas deve ser adaptado à s realidades de cada instituição. No nosso paÃs, as instituições de ensino superior formam o local em que as deficiências dos alunos, ao longo do ensino fundamental e médio “explodem”. Nos casos das instituições que ministram cursos EAD, essa explosão é potencializada e muito maior.
Quando o aluno descobre que precisa ler os conteúdos e que nenhum professor vai explicar para ele os assuntos, as dificuldades começam a aparecer. As competências fundamentais como interpretação de texto, organização e raciocÃnio lógico acabam fazendo falta nesses momentos.
Qual a solução? O aluno deve sim ter autonomia, mas com um pouco de direcionamento, seja por um plano de estudos ou outro documento, que explique e oriente os alunos no aprendizado. Além do conteúdo da disciplina, ainda precisamos ensinar a aprender.