Conversor gratuito de arquivos PDF em DOC

Com o advento do uso continuio e corriqueiro de computadores para manipular documentos dos mais diversos, é praticamente inevitável se deparar em situações em que você precisa editar arquivos que estão salvos no formato PDF. Esse formato foi criado pela Adobe, para facilitar a exibição de documentos compostos por texto e imagem, hoje em dia ele suporta até mesmo vídeos e opções para inserir modelos 3d. Para professores e tutores de cursos que usam a internet como meio de comunicação, esse tipo de arquivo é presença constante em documentos e relatórios enviados para e pelos alunos. Caso você use esse tipo de documento para enviar material para seus alunos, já deve ter se deparado com o seguinte problema, em que o arquivo fonte do documento foi perdido e o arquivo PDF precisa ser alterado.

Um colega professor já me solicitou ajuda para fazer alterações em um documento que era usado apenas no início de cada semestre, mas o mesmo estava sem o arquivo DOC que era usado para gerar o PDF. Nesse caso precisei usar um software para converter o arquivo de PDF para DOC, e assim realizar as modificações e gerar outro arquivo PDF.

Eu mesmo utilizo muitos arquivos PDF para enviar exercícios para meus alunos, pois com o arquivo PDF é possível bloquear a edição dos documentos. Já tinha usado arquivos DOC, mas um aluno mal intencionado descuidado acabou alterando o conteúdo do documento e passando para outros colegas. O resultado foi que muitos dos alunos não puderam realizar boa parte dos exercícios propostos.

Adobe PDF ya es un estándar internacional (ISO)

Bem, você já deve ter percebido que o uso de arquivos PDF é uma grande vantagem, mas requer cuidados com o arquivo fonte. Se você não quiser mais se preocupar tanto com os arquivos fonte dos PDF, descobri essa semana um sistema online que converte arquivos PDF para DOC de maneira totalmente gratuita. Os softwares que faziam esse tipo de conversão eram pagos e limitados, mas no final acabavam resolvendo os problemas com um pequeno custo. Agora um sistema chamado PDF to WORD.

Só existe um pequeno problema com o sistema, ele ainda está em fase de testes sendo restrito apenas para usuários convidados. Caso você queira conferir a utilização do mesmo necessário um código, para os interessados o blog de desenvolvimento da ferramenta divulgou um código chamado nitro, que dá acesso a inscrição no site que pode ser aprovada ou não. Eu já fiz a minha inscrição e estou aguardando a confirmação para fazer os testes.

Assim que tiver mais novidades sobre a ferramenta, publico aqui no blog, pois esse tipo de sistema é extremamente útil quando precisamos editar PDF`s!

Novas ferramentas e opções para integrar o Moodle com o Second Life

O projeto Sloodle tem como objetivo integrar os ambientes do Moodle com o Second Life, para que educadores possam trabalhar em ambientes tão diferentes sem a perda dos registros dos alunos. Por exemplo, já imaginou como seria ótimo poder usar o Second Life como base para apresentar algum tipo de conteúdo em 3d e ter o registro, dentro do Moodle que o aluno efetivamente visitou aquele espaço no mundo do Second Life? Seria fantástico e um grande avanço na integração dos dois sistemas. O Sloodle ainda não é perfeito, mas a cada nova atualização ele ganha mais ferramentas.

Um vídeo muito interessante foi publicado nos últimos dias, mostrando as novas opções de compartilhamento de conteúdos entre o Moodle e o Second Life.

O vídeo mostra a configuração de um módulo no Sloodle, usando uma apresentação em slides. O módulo no Moodle se chama Sloodle presenter, que permite trabalhar com apresentações semelhantes à slides.

Depois que o módulo é criado, precisamos adicionar várias imagens em seqüência para que a apresentação seja criada. Pode até ser um pouco trabalhoso adicionar várias imagens para criar uma apresentação, mas essa é a maneira mais simples de fazer a integração e controlar o processo, direto do Moodle.

Se for necessário é possível usar web sites e até mesmo vídeos no módulo! O autor do tutorial adiciona esses recursos na página do Moodle, em que o módulo é adicionado.

Quando tudo está devidamente configurado, o autor parte para o Second Life para configurar a ligação com o módulo. Assim que o módulo está com a ligação efetuada, o professor pode passar o material dentro do ambiente 3d de maneira muito semelhante ao que acontece com Slides.

Para os professores de universidades e instituições de ensino que adotam o uso do Second Life como ferramenta educacional, o Sloodle é uma excelente opção para integrar um LMS ao processo e controlar o acesso e os conteúdos dos alunos. Hoje o hype em volta do Second Life é muito menor que há alguns meses atrás, mas ainda assim é uma opção interessante para compartilhar conteúdos e promover uma contextualização mais personalizada.

Como os recursos e largura de banda necessárias para trabalhar efetivamente com o Second Life ainda são de difícil acesso aqui no Brasil, esse tipo de recurso educacional ainda é muito restrito para a grande massa.

Tipos de atividades SCORM disponíveis no eXe

Hoje continuamos com a descrição dos tipos de atividades e recursos disponíveis para criar material no padrão SCORM, usando o eXe que já foi apresentado em dois artigos anteriores aqui do Blog. Para quem não lembra ou está chegando agora, o eXe é um software que permite a qualquer designer instrucional, sem custo algum, elaborar material educacional. Todo o material pode ser salvo no padrão SCORM, aceito pelos melhores e mais robustos sistemas LMS, como o Moodle e Sakai.

Bem, vamos conhecer a lista! Só para relembrar, o eXe permite que você crie documentos complexos com sistemas de navegação interna e que misturam vários elementos. Esses elementos são adicionados na parte esquerda do eXe, simplesmente com um duplo clique sobre os seus respectivos títulos.

A parte lateral do eXe é chamada de iDevice ou como os criadores da ferramenta chamam, em tradução livre, seria algo como recursos instrucionais.

Aqui está a lista:

  • Atividade: Aqui temos uma atividade textual, em que o aluno precisa realizar alguma tarefa fora do computador.
  • Estudo de caso: Mais uma atividade textual, mas com o foco na criação de estudos de caso. A parte interessante desse recurso é que já existem partes prontas, para inserir a história, atividade e o feedback no caso.
  • Atividade de preenchimento: Esse tipo de atividade apresenta para os alunos frases, em que algumas palavras estão faltando. Os alunos precisam então, preencher os espaços vazios.
  • Link para web site externo: Como o próprio nome diz esse tipo de recurso simplesmente aponta um web site de interesse para o curso ou disciplina.
  • Texto livre: Caso seja necessário adicionar um bloco grande de texto no conteúdo, a melhor opção dentro do eXe é essa.
  • Galeria de imagens: Quando os textos requerem várias imagens para ilustrar o assunto, o professor pode usar esse recurso para adicionar uma galeria de imagens.
  • Ampliação de imagens: Se o aluno precisar verificar detalhes nas imagens, esse tipo de recurso pode ajudar na ampliação de algumas imagens, quando for necessário.
  • Java Applet: Aqui temos um tipo de recurso mais técnico, que pode adicionar nos conteúdos um aplicativo desenvolvido em Java.
  • Pergunta de múltipla escolha: Esse tipo de questionário permite adicionar em qualquer parte do conteúdo, perguntas de múltipla escolha, com apenas uma resposta certa.
  • Pergunta de múltipla seleção: Mesmo tipo de atividade com várias opções, mas com a diferença que podem existir mais de uma resposta correta.
  • Objetivos educacionais: Se você quiser evidenciar para seus alunos os objetivos de cada módulo, esse recurso permite adicionar um texto com o título pronto, para objetivos educacionais.
  • Pré-requisitos: Aqui também temos outro item, com o título pronto sobre pré-requisitos para que um determinado aluno possa acessar os conteúdos.
  • Rss: Um dos recursos mais interessantes da ferramenta, adicionar um feed RSS de um jornal ou Blog, para passar informações atualizadas para seus alunos.
  • Atividade de leitura: Orientações para uma atividade de leitura, com a descrição dos objetivos e a tarefa a ser realizada depois da leitura.
  • Reflexão: Tipo de texto que apresenta uma pergunta e mostra um feedback para os alunos.
  • Questionário SCORM: Aqui temos uma das vantagens em usar conteúdo SCORM, pois o eXe permite adicionar um questionário que registra no LMS o resultado da atividade. Assim o professor ou tutor pode cobrar do aluno o conteúdo de uma avaliação.
  • Perguntas de verdadeiro ou falso: Questionário simples com perguntas de verdadeiro ou falso.
  • Artigo Wiki: Com esse recurso, o autor da disciplina pode capturar um texto em uma Wiki, e publicar no conteúdo da aula. O professor ou tutor precisa ser o dono do conteúdo usado, para que o recurso funcione.

Eu sei que é muita coisa, mas essa é a vantagem de usar o eXe como ferramenta de design instrucional, o professor ou tutor tem uma grande gama de opções para construir a sua aula.

Nos próximos artigos sobre o eXe, vamos criar uma aula simples e depois adicionar o conteúdo no Moodle, para verificar a maneira com que ele é exibido.

Quando usar fóruns em ambientes de educação a distância?

Dentre as ferramentas disponíveis em sistemas voltados para educação na internet, os fóruns são uma das opções mais usadas em cursos, para promover o diálogo e discussão entre integrantes da mesma classe. Porém, antes de continuar falando das desvantagens e vantagens dos fóruns, em ambientes como o Moodle, preciso confessar uma coisa; não acredito no valor educacional dos fóruns. Sim, pelo que tenho visto nos cursos em que pude acompanhar a experiência dos alunos, os fóruns têm pouca ou nenhuma contribuição para o processo de aprendizagem, servindo mais como meio de comunicação entre os alunos e tutores.

Para quem não sabe o que é um fórum, esse é um sistema em que um usuário pode publicar uma mensagem, com comentários ou dúvidas, em que outra pessoa pode responder. O conjunto de várias mensagens na mesma página na internet forma o ambiente do fórum.

Qual o problema em usar um fórum para educação? Apesar de ser uma ferramenta que funciona na internet, o uso dos fóruns apresenta o mesmo problema das dinâmicas de grupo, em que os primeiros alunos a expor idéias, acabam influenciando o comportamento dos próximos participantes. Para o professor, fica difícil saber a quantidade real de alunos que tinha uma opinião formada antes que os primeiros alunos a participar.

fóruns

Nos fóruns acontece a mesma coisa, depois que os primeiros alunos começam a participar das discussões, publicando mensagens, os alunos que participam na seqüência, acabam baseando suas opiniões nas mensagens publicadas pelas primeiras pessoas.  Sem mencionar que quando um fórum exige a apresentação de algum tipo de conhecimento, como a descrição de uma biografia ou pesquisa, o espaço se transforma em um festival de “copiar” e “colar”.

Esses são os problemas, então quando é que um fórum deve ser usado? Dentre todas as experiências que tenho presenciado, os fóruns tem funcionado melhor, quando o seu uso é condicionado à seqüência de uma atividade prática. Nesse caso, os fóruns se ajustam de maneira perfeita ao ensino baseado na resolução de problemas. Por exemplo, você apresenta um problema ou projeto que o aluno precisa desenvolver, e depois que os prazos para execução do projeto terminam, os alunos podem usar os fóruns, para comentar as dificuldades e benefícios, de realizar o trabalho.

Assim como os blogs, as mensagens nos fóruns devem ser condicionadas a interpretações subjetivas dos alunos, com depoimentos e opiniões pessoais. Nada melhor que usar essa ferramenta, como meio para divulgar e compartilhar, experiências que podem ser únicas, relacionadas com o envolvimento nos projetos propostos pela disciplina.

Com esse tipo de organização, o funcionamento do fórum é favorecido. Os cursos que usam apenas fóruns, como meio de interação, sem tarefas bem definidas, podem não funcionar muito bem.

Qual o impacto dos vídeos como material educacional?

O uso de vídeos e material multimídia é até comum para os padrões da internet hoje, mas ainda não é uma realidade nas instituições de ensino, por deficiências no acesso a internet dos alunos, e a falta de cultura dos professores no uso desse material para educação. Quando pensamos em Youtube, a primeira coisa que vêm a cabeça são aqueles vídeos engraçados, ou com aquele desastre legal, que você recebeu por e-mail de algum amigo. Esse é o cenário dos vídeos como material educacional, mas saiba que o uso de material audiovisual é sem sombra de dúvida, o futuro em termos de educação assíncrona, principalmente em cursos que usam a internet como base de irradiação.

Um ótimo exemplo disso é o chamado m-learning ou móbile learning que ainda engatinha aqui no Brasil. É impressionante que na média, os alunos das instituições de ensino não têm computador, mas possuem celulares com funções multimídia capazes de reproduzir vídeos.

Por que motivo não usar vídeos então?

Vídeos educacionais

Como eu havia comentado, muito disso ainda e uma falta de cultura dos próprios professores em usar vídeos como material educacional em suas aulas. Mesmo assim, ainda existem outros desafios no uso de vídeos como material educacional.

Alguns professores de universidades e instituições de ensino americanas estão reportando que seus alunos, não assistem a seus vídeos, com a gravação de algumas palestras ou aulas na íntegra. Os alunos acabam tendo um comportamento comum aos telespectadores de TV, que é zapear por vários canais até encontrar um programa ou conteúdo que o interesse.

O artigo sobre essa experiência com os vídeos, pode ser consultado no Wired Campus.

Isso é muito interessante e serve como alerta aos designers instrucionais, para não usar vídeos como a base da tecnologia de um curso. Eu mesmo já passei por experiências semelhantes, como alunos de um curso que usava muito material em vídeo, sendo que várias das partes do vídeo já eram do meu conhecimento. O resultado disso foi que, durante boa parte do tempo fiquei pulando as partes já conhecidas do vídeo, para encontrar os conteúdos novos.

Se esse for um curso isolado, não será um problema tão grave assim, pois o aluno assume a responsabilidade. Mas, quando abordamos o ensino superior ou treinamentos corporativos a coisa fica mais séria. Na maioria das vezes o que vai acontecer é que as partes consideradas “chatas” ou monótonas pelos alunos são ignoradas e no período pré-avaliação, os mesmo vídeos devem ser consultados apenas nas partes que podem aparecer na prova.

A solução para isso não é simples, nas envolve o trabalho dos professores com os designers instrucionais, para fazer com que os vídeos sejam exibidos ao menos uma vez, sem os controles para avanças e retroceder. Ao menos assim, os alunos podem assistir aos vídeos na íntegra e eles podem controlar e escolher as partes para revisar.