Como integrar material produzido em Flash no Moodle?

Nos primeiros momentos em que uma instituição de ensino adota uma plataforma como o Moodle, para ministrar aulas pela internet, encontra algumas barreiras em relação ao desenvolvimento de conteúdos. Já participei de um projeto, em que os designers da instituição tinham um módulo interativo publicado na internet, totalmente desenvolvido em Flash, mas que não registrava nenhum tipo de informação relativa a participação do aluno. Quando o Moodle foi adotado como ferramenta LMS para as aulas, surgiu a seguinte dúvida; é possível enviar informações do Flash para o Moodle, para que as atividades dos alunos sejam projetadas como aplicativos multimídia?

Hoje em dia, praticamente todos os infográficos interativos são produzidos usando a tecnologia do Flash. Se esse tipo de material não estiver integrado ao sistema de ensino, o material irá funcionar apenas como uma ilustração, sem desafiar o aluno a usar os conteúdos como forma efetiva de aprendizado.

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Imagine a seguinte situação, ao invés de criar um questionário com palavras ou imagens estáticas, um professor de biologia pode desenvolver um infográfico interativo, que mostre diversas partes do corpo humano em imagens. Junto com as imagens, os alunos são estimulados a responder perguntas e identificar os nomes de ossos e músculos, com o uso do mouse.

E para melhorar ainda mais o desenvolvimento do material, o resultado da interação dos alunos com o infográfico, pode ser armazenado no sistema, como forma de avaliação. Como isso é possível?

Para realizar esse tipo de integração entre o Flash e o Moodle existe um módulo especial chamado Flash Activity no Moodle. O link leva até a página do módulo, que disponibiliza vários exemplos de como é possível trabalhar com material educacional desenvolvido no Flash e armazenado como atividades do Moodle.

Se você é estudante ou trabalha com design instrucional, recomendo muito a consulta a esse módulo e caso você ainda não saiba, comece a estudar o quanto antes o Flash. Com ele é possível expandir em muito as possibilidades de criação de infográficos, com a vantagem de registrar o desempenho dos alunos no sistema e usar o material para avaliação.

Como criar material educacional no padrão SCORM como eXe?

Assim que eu já havia prometido aqui no Blog, estou estudando a ferramenta eXe que foi listada como sendo um dos grandes destaques para a área de produção de conteúdo educacional. O eXe é o companheiro perfeito para professores e designers instrucionais que precisam elaborar materiais formatados no padrão SCORM. Com ele o professor pode planejar uma série de conteúdos, integrar mídias e até mesmo formatar avaliações sem a necessidade de uma sistema como Moodle. Depois que todos os conteúdos estão criados, o professor pode exportar o material como um arquivo zip, compactado com todo o seu conteúdo.
A melhor parte é a compatibilidade do padrão SCORM com vários sistemas educacionais diferentes. O mesmo conteúdo pode ser exportado para o Moodle, Blackboard ou Sakai. Tudo que o designer instrucional precisa é um sistema que aceite o padrão SCORM. Se o sistema da sua instituição de ensino não aceita esse padrão, esse pode ser um ótimo indicador da defasagem do sistema LMS.

Mas, como é que o eXe funciona?

A primeira coisa que você precisa fazer é instalar o software, depois de fazer o download na página oficial do projeto. Só para fins de constatação, o eXe é oriundo de uma universidade da Nova Zelândia.

A primeira coisa que você vai notar no software é que o seu funcionamento está integrado com um navegador web. No meu caso o Firefox, para isso ele simula um servidor web no seu computador local.

Portanto, ao criar conteúdos no sistema, você vai automaticamente estar formatando e visualizando suas aulas, no padrão em que o material será apresentado aos alunos.

Para que o entendimento dos conteúdos criados no eXe fique mais simples, vamos exemplificar o material como sendo um livro eletrônico que fica disponível o tempo todo na internet. O livro pode ser composto por vários tipos de materiais, que são adicionados ao pressionar os itens indicados no menu da esquerda.

Você pode usar várias opções para montar as suas aulas. Assim que uma nova opção é adicionada, será necessário incluir as informações de configuração dessa opção, como os textos no caso de um item do tipo “Free Text”.

No final da configuração, clique no pequeno ícone verde na parte inferior para confirmar, ou no vermelho para cancelar e excluir esse material.
Só para terminar essa nossa introdução a produção de material com o eXe, podemos dividir o nosso livro em várias páginas ou capítulos organizadas da maneira como você achar melhor. Na esquerda, logo acima das opções de materiais, podemos adicionar páginas e organizar os conteúdos.

Essa foi apenas uma visão geral de como funciona o eXe, nos próximos artigos sobre esse assunto, pretendo entrar em mais detalhes sobre os recursos interativos, disponíveis para designers instrucionais e professores, que precisam elaborar aulas pela internet.
Por enquanto, você já pode começar a se aventurar e tentar planejar as suas aulas, usando esse tipo de ferramenta.

Lista de objetos e conteúdos para integrar em atividade no Moodle

O uso de recursos provenientes da própria internet é uma das ferramentas mais poderosas na criação de conteúdos, principalmente para os tutores ou professores com pouco ou nenhum conhecimento em design. Seria muito complicado para uma pessoa se um mínimo de conhecimento, gravar e criar um vídeo com o código para inserção em uma página HTML. Mas, enviar um arquivo de vídeo para o Youtube é simples, e ele próprio já gera o código necessário para integrar o conteúdo do vídeo a uma página Web.

Isso abre inúmeras possibilidades, para que um professor possa montar as suas aulas no Moodle, com o uso desse tipo de recurso, que na maioria das vezes está disponível de maneira totalmente gratuita na web.

Quais recursos estão disponíveis para usar no Moodle? Se você nunca usou esse tipo de opção, encontrei uma ótima lista que mostra vários web sites que permitem criar conteúdos multimídia ou interativos, para uso em sistemas que permitem integração com códigos HTML.

Embeddable Things to Put in Your Wiki Blog or Moodle

Entre as opções listadas estão algumas figuras já comuns para quem trabalha com desenvolvimento de conteúdos para a internet, como o próprio Youtube e o Slideshare.

Outras opções são mais recentes, como o uso de mapas oriundos do Google Maps, que podem ilustrar muito bem aulas de Geografia ou História. Depois aparecem outros destaques na área de documentos compartilhados, como o Scribd, que inclusive é usado para divulgar a lista. Como você pode ver, estou me aproveitando desse recurso para inserir o conteúdo da lista nesse artigo do blog, assim como poderia fazer em uma página Web do Moodle.

O mais interessante desse tipo de recurso no Moodle, é que isso pode ser usado para assimilar conteúdo em páginas Web, como também em avaliações. Por exemplo, você pode adicionar um vídeo do Youtube em uma pergunta de questionário, e avaliar o aluno com base no conteúdo apresentado no vídeo. Esse tipo de recurso expande e melhora a experiência do aluno com o curso, mas requer vigilância constante da equipe de design instrucional.

Para verificar a disponibilidade dos conteúdos e recursos, caso a instituição de ensino não seja a proprietária dos arquivos usados para exibir os conteúdos.

Só para complementar, senti falta do Flickr na lista.

O que é SCORM? Quando o seu uso é recomendado no design instrucional?

Ontem mostrei um ótimo tutorial sobre a criação de material com padrão SCORM no eXe, para integração com o Moodle. Quando fui tentar explicar o que é o SCORM para um colega professor, percebi que o conceito é mais bem assimilado por profissionais que trabalham com informática, e não por educadores. Como nunca havia comentado mesmo o significado do SCORM aqui no blog, resolvi falar um pouco mais sobre o assunto. Afinal de contas, em um mercado tão concorrido e com instituições de ensino usando diversas ferramentas para ensino semipresencial, o conhecimento desse tipo de padrão pode ser o diferencial entre o sucesso ou fracasso, em termos de produtividade e design instrucional.

Antes de falar sobre o SCORM, vamos contextualizar o problema que é resolvido com o uso do SCORM. Imagine que temos um designer instrucional ou tutor, especializado em produzir conteúdos para diferentes instituições de ensino. Duas dessas instituições contrataram esse designer instrucional para criar um curso de “práticas pedagógicas”, sendo que uma das instituições usa Moodle e a outra adota o Blackboard.

SCORM collage

Como a maneira de trabalhar dos sistemas é diferente, o designer instrucional irá precisar configurar e ajustar o conteúdo duas vezes. O que vai acarretar em prazos maiores de entrega para o mesmo conteúdo. Não seria ótimo, se existisse um formato em que o designer instrucional possa criar o conteúdo, e o mesmo seja interpretado da mesma maneira pelo Moodle e Blackboard? Esse formato existe e se chama SCORM!

Acredito que essa pequena contextualização mostrou bem a utilidade do SCORM. Quando um designer instrucional, ou professor, se preocupa em criar seus conteúdos usando o SCORM, esse material passa a ser compatível e adaptável em qualquer sistema LMS que interprete esse formato.

Podemos usar outra contextualização, para mantenedoras que precise alimentar sistemas LMS diferentes, pode criar todo o material um único lugar, formatar tudo usando o padrão SCORM e enviar o material para os dois sistemas de uma só vez.

Esse padrão é o melhor aliado dos famosos objetos de aprendizagem, pois com o uso do formato, o reaproveitamento dos objetos é muito fácil, sendo que essa é uma das principais características dos objetos de aprendizagem.

Se você quiser saber mais sobre o uso de SCORM no Moodle e o design de conteúdos com o eXe, nos próximos dias pretendo publicar alguns artigos mostrando as ferramentas e opções do software. Se você tem interesse em design instrucional, acompanhe o blog para saber mais sobre essas opções e criar seus próprios objetos de aprendizagem.

Como integrar conteúdos gerados no eXe com o Moodle para aulas online

Ontem comentei sobre uma lista com as ferramentas que devem ganhar destaque no meio educacional em 2009, sendo que o Moodle e outras ferramentas bem interessantes fizeram parte dessa lista. Uma dessas ferramentas se chama eXe e depois de consultar um pouco mais sobre seu funcionamento, encontrei um tutorial muito bom, mostrando a integração do conteúdo produzido com o eXe no Moodle, no formato IMS e SCORM. O vídeo está com narração em inglês, mas o autor tomou o cuidado de gravar as ações em velocidade baixa, para facilitar o entendimento.

Só tem um pequeno problema com o vídeo! Em momento algum o autor do tutorial abre o enquadramento da imagem, para mostrar a interface completa do Moodle, o que pode gerar um pouco de desconforto no início, mas os problemas ficam de lado, quando conseguimos visualizar o conteúdo sendo exibido de maneira rápida no Moodle.

O procedimento é bem simples, o designer instrucional ou tutor, prepara o conteúdo com imagens e textos no eXe para depois gerar um arquivo no formato ZIP. Esse mesmo arquivo é importando para o Moodle, que extrai o material e gera uma página com uma barra lateral de navegação.

Esse processe é muito mais rápido e ágil que a criação das páginas Web do Moodle, em que os tutores precisam editar quase que manualmente os conteúdos, como se estivessem construindo o texto em ferramentas como o Word. O problema todo é a construção de conteúdos usando imagens, que precisam ser inserida manualmente no editor de textos do Moodle.

No final do tutorial, o autor ainda mostra o mesmo processo para a criação de conteúdo do tipo SCORM no Moodle, que é muito simples também. Basta importar o arquivo e configurar o Moodle para extrair o conteúdo para o local que ele deve ser consultado.

Se você trabalha com design instrucional e pretende usar textos longos nos seus cursos, ou disciplinas ministradas pela internet, o eXe pode acelerar em muito o processo de criação de material educacional, principalmente se você usar o Moodle.