Um designer instrucional é geralmente responsável pelo design e criação de materiais para cursos e algumas vezes do próprio curso em si. Mas, quando é necessário retornar para a sala de aula, para fazer uma reciclagem ou participar de um outro curso de pós-graduação, nos encontramos na situação em que somos mais crÃticos! Como alunos, podemos literalmente perceber algumas coisas em relação ao que está sendo desenvolvido pelo professor, como a linha de raciocÃnio e o material de apoio que está sendo usado para a aula.
Sempre que assisto uma aula em que o professor aparece com um arquivo único contendo mais de 300 slides no powerpoint, apenas com textos e tópicos que provavelmente são lidos na frente do projeto, um desânimo sobre a aula é inevitável.
Entre os diversos assuntos que estudamos no design instrucional, aprendemos que existem deterimados tipos de assuntos que são melhor apresentados e explicados com certos tipos de gráficos. Essa pesquisa que associa o uso de imagens como forma de aprendizado pode ser encontrada em vários livros e artigos. Uma das classificações que mais gosto e uso nos meus projetos, seja para uma palestra ou composição de apresentações em slides, que foi publicada por Clark e Mayer. Apesar de estar citando os nomes dos autores da técnica, o objetivo aqui não é trabalhar com um artigo cientÃfico, apenas apresentar a técnica.
Vejamos então os tipos situação mais comuns de encontrar em aulas e palestras, que precisam ser necessariamente explicados para diversas pessoas:
- Fatos: Esse tipo de situação pode ser melhor apresentada usando fotografias ou imagens que melhor representem um lugar ou momento.
- Conceitos: Um conceito geralmente é abstrato, por isso é interessante partir para o uso de sÃmbolos ou gráficos chamados de interpretativos. Por exemplo, ao explicar o conceito de organização das moléculas de água no gelo, podemos usar um gráfico que mostra um conceito abstrato para nós de maneira a interpretar a explicação.
- Processos: Quando é necessário explicar o funcionamento de alguma coisa, a melhor maneira é com gráficos chamados de transformação. Esses gráficos nada mais são que animações ou infográficos animados. Os processos também podem ser representados com o uso de gráficos relacionais, que são os famosos fluxogramas de processo.
- Procedimentos: Se o assunto for uma seqüência de passos necessários para que alguma tarefa seja realizada, podemos também recorrer as animações.
- PrincÃpios: Aqui temos o mesmo caso dos gráficos usados para representar os processos, mas precisamos atentar para os princÃpios. Qual a diferença entre princÃpio e conceito? O princÃpio é um fato isolado que resulta na conclusão de uma tarefa, com relação direta entre causa e efeito.
Por exemplo, podemos pegar os gráficos que representam processos, usados na grande maioria das empresas como forma de melhorar a eficiência das suas atividades. Ao explicar esse tipo de objeto em sala de aula, ou mesmo em reuniões, a pessoa poderia usar gráficos de transformação animados, que poderiam ilustrar de maneira clara e objetiva o funcionamento do processo. Quando usamos imagens estáticas ou fotos nesse tipo de situação, o observador precisará abstrair o conceito de processo para poder entender o todo.
Infelizmente, esse tipo de dica só aparece depois que o material do professor ou palestrante já está sendo utilizado. Mas, fica a dica para quem precisar elaborar uma apresentação usando imagens ao invés de palavras.
Material mto bom, parabéns!
Eu me achava uma pessoa muito chata, rs, ao assistir qq palestra ou aula vendou o palestrante com aqueles powerpoints completamente sem sentido, em alguns momentos parecendo realmente que era pra “cumprir tabela”: Bem, me disseram que é importante colocar um audiovisual para prender a atenção, então, lá vamos nós… rs…
Lendo esse artigo pude notar que, o que acontece de fato, é que, muitas vezes, os palestrantes, professores universitários têm conhecimento, têm até didática, porém, não têm a estrutura, não são conhecedores de detalhes que para nós, fazem toda a diferença…