Hoje vou comentar um modelo de aprendizagem, pelo menos acredito que seja um modelo. Até porque não tenho formação em pedagogia para fazer essa afirmação. Para ambientes a distância, o modelo de aprendizado focado no aluno, tem se mostrado muito eficiente nas experiências que tenho presenciado e em conversas com outros colegas professores. Esse modelo apresenta uma proposta que está em total sintonia com as necessidades de uma sociedade que exige dos seus profissionais, uma capacidade altamente desenvolvida para resolver problemas e buscar soluções criativas.
Além de incentivar o aluno a aprender com as suas próprias experiências, esse modelo propõe uma mudança drástica na maneira assistencialista com que as relações entre alunos e professores são abordados hoje em dia. O que acontece na maioria dos cursos presenciais, principalmente nos particulares, os alunos ficam dependentes do professor para tudo. Desde uma simples pesquisa de material até a interpretação de um problema que ele vivenciou, no seu estágio ou emprego. A capacidade de aprender com as experiências e pesquisar os conhecimentos necessários é mÃnima.
Na educação centralizada nos alunos, o papel do professor é incentivar a interação entre os mesmo em grupos de discussão. Ambientes como o Moodle são perfeitos para esse tipo de atividade, em que um conteúdo ou problema é apresentado, os próprios alunos ficam responsáveis pela discussão dos problemas. Para o professor fica a tarefa de ficar na periferia da discussão, acompanhando e observando para orientar e intervir nos momentos certos.
Para usar esse tipo de modelo é simples, veja os passos necessários:
- Organize sua aula de maneira a aproveitar conteúdos que os alunos já conheçam
- Proponha pesquisas que incentivem ao aluno a aprender novos conteúdos, usando como base o que ele já sabe
- Organize discussões e debates, para que os participantes aprendam uns com os outros
- Intervenha o mÃnimo possÃvel, apenas para direcionar e manter o foco das discussões
Qual o problema desse tipo de modelo?
Bem, existem alguns. O maior deles é a exigência maior sobre o aluno. Ele precisará de competências e habilidades que direcionem a pesquisa. A maioria das pessoas ainda se sente confortável com o modelo assistencialista.
Porque as instituições de ensino e professores não incentivam esse modelo?
Isso é o que eu costumo chamar de inércia educacional. Porque alterar um modelo que está funcionando? Alterar algo que já está incorporado a nossa [BP:215]cultura[/BP] como alunos, pode ser complicado. Mas com a adoção cada vez maior para ambientes de educação a distância, a adoção de modelos como esse é inevitável.
Você é professor? Precisa ministrar um treinamento? O que acha de fazer um experimento com esse modelo, para começar a instigar os seus alunos a pensar sozinhos?
Quem sabe você tem uma agradável surpresa! Você nunca saberá se não tentar.
gostei imenso da abordagem feita neste artigo, espero que me envie outras informacoes ligadas a reformas educacionais/curriculares.
Obrigado!
Serafm